sobre os males que sofro e a noite de Natal

Agora tenho de jogar meus sonhos

no riacho das frustrações da vida,

aceitar-me tenebroso e enfadonho

sem planos, sem certeza, sem lida...

 

Não passo de um velho para o mundo

velho sutilmente punido em tudo

que sempre achou o tempo vagabundo

tempo trabalhadeiro e dos agudos.

 

A liberdade não gosta do pobre,

de gente assim, como eu, meio malandra,

com medo que alguém apareça e a cobre.

 

Será que meus sonhos foram verdadeiros

ou rosa deformada que criei

nalguma parte do Universo inteiro?

edu prearo
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