Eu devia estar louca quando disse que te queria,
quando achava que fazia arder o coração.
Talvez fosse a alta estação, as promessas infundadas, o calor do verão,
ou culpa dessa carência, da invalidez que não pensa que tudo está por vir.
Arrependo-me das palavras, fortes, customizadas de cor, de gergelim.
Arrependo-me de tudo um pouco, do curto, do grosso que não deixei fluir.
Demorei para saber que o meu bem querer não podia ser você.
Mas o ócio que provocou ódio, do fora que não dei,
veio em forma de asco, de palavra imprevista que não sei como não deixei.
E foi bom sair dessa, ignorando a pressa que deveria se mostrar.
E foi bom sentir alívio e procurar o abrigo nos braços de quem nunca deveria me escapar.
Hoje enobreço, por ter o apreço da minha verdadeira verdade.
Do beijo delicioso, do abraço gostoso, da mais contundente realidade.
De quem não cabe em um abraço, envolve-me nos seus braços e faz-me esquecer.
Dos tempos remotos, dos falsos terremotos que me faziam me perder.

Lembrança de um passado repugnante em contraste com um futuro irremediavelmente bendito, afortunado. O esplendor do amor... O ciúme tenaz... As brigas... As pazes... ai, ai...

Trabalho