Ai!! de mim que envelheço...
Perdido sem apreço,pobre aposentado
pela vida rejeitado.
Agora o peso se chama idade. a infância se faz
perdida, e a saudade se faz presente.
No corpo debilitado, doente, procuro vestígios do fugor de autrora.
No tremor insano, as mãos pálidas elevo ao peito numa dor dormente.
A metamorfose é real. No semblante cansado as rugas são digitais.
A juventude é fugaz.
Meu olhar distante à indagar pro futuro onde está meu presente.
Hora a mergulhar em rasos lagos, hora a mergulhar em auto mar.
Sou causa de discução, um caso difício de solução.
Procuro em mim o jovem moço do passado, refaço o caminho e só avisto a velhice gagá sem conduta, que ninguem escuta, e que a ninguem faz pergunta.
Cercado de muitos que não conheço, me vejo sem saida, num lar que desconheço.
Ai!! de mim que envelheço...
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