Muita gente jogada no mundo
Sem teto, com fome, moribundo...
Sem sorte, sem chance, sem piedade...
Muita gente amontoada, espremida...
Na mira do acaso... eterna corrida!
Vivendo aquém de suas vontades...

Muita gente apertada nessa circunferência...
Em péssimas condições nesse “planeta residência”...
Como piolhos em um sujeito careca...
Muita gente nascendo, sofrendo e morrendo...
Alguns poucos ganhando, todos os outros perdendo!
Um bando de analfabetos numa grande biblioteca...

Muita gente, pouco arroz e feijão...
Mas gente do que trigo pra fazer pão...
Fontes de existência em estado deplorável...
Muita gente, muitas bocas pedindo “vida”!
Falta frio, falta calor, falta comida...
Falta ouro se transformar em água potável...

Muita gente, muitas seitas, crenças, religiões...
Teleguiados pela seta das ilusões...
Acreditando cegamente em toda “verdade”...
Muita gente, sem amor, sem coração...
Tantas guerras, apenas uma solução:
O extremo controle de natalidade...


20.01.09
 

Marcelo Soares
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