O JOGO DA VIDA

Desejar o indesejável,

Se fartar de melancolia,

Iludir-se de forma irracional

E acidentar-se na poesia.

Quem de nós nunca se deslumbrou?

Quem de nós nunca renunciou?

A imaginação se aflora.

O objeto nos desperta.

A realidade bate à porta

E entendemos a descoberta.

Uma carência múltipla

Nos contamina o ser.

A existência nos estimula

A nos auto-conhecer.

Entre passos e tropeços

Refazemos nossa jornada.

Indagações e questionamentos

Nos perturbam e nos alimentam

Em horas tão certas e outras erradas.

Tecer a obscuridade da alma

E se fartar de respostas prontas

Não nos fazem sábios ou tolos,

Não estamos em um faz de contas.

Viver em busca incessantemente

E se descobrir incansavelmente

É se rebuscar das verdades psicológicas

E se submeter plenamente às atitudes

Que substituirão as outras nostálgicas.

Imprescindível é o saber!

Mais ainda é saber viver

Neste jogo da vida

Onde teremos que vencer!...

 

Priscila Brandão
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