Noite adentro, um leve cochilo bastou
Raios de sol deslizavam pelo corpo
Figuras humanas nos degraus da escada
Cavaleiros do além mar, objeto do desejo
Encenar a história na sinfonia do vento
Elevar a voz, desatar o nó, fluir
É tão divino este som
O branco, o negro, canção da alma
E o rio que conhece o seu curso seja luz ou escuridão
Despencar do alto feito cachoeira
A paz da tranquilidade onde tudo é plano
O contorno do obstáculo seja pedra ou ilha
Obedecer a curva, o orizonte à frente
Encher o vazio feito lagoa
Abrir o peito, sorver a vida
Bailarino solitário mergulhado na dor
Entregar o espírito em forma de prece
Satifaz a fome no abraço de uma criança
Encosta a cabeça, olhos cerrados, se entrega aos sonhos
Donde queria nunca mais voltar
Nunca mais voltar
Nunca mais...
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