Noites Frias, Frias Noites

Noites Frias, Frias Noites

 
 Noites frias, frias noites.
Às margens do meu corpo,
Perpetuadas por longas noites Sombrias,
Gélidas tristezas,
Por entre vasos e veias,
Passeiam esquecidas.
Congelados restos de esperança,
Dissolvem-se em amargas
Horas insones.
Noites frias, frias noites.
Noites frias de abandono.
Sem teu calor,
Sem teu amor de rara poesia,
Vou digerindo esta ausência,
Que me atormenta dia após dia.
Em dissonantes sons que resvalam,
Intermitentes... Constantes... Noturnos...
Tento não sucumbir a esta dor,
-Minha eterna companheira –
Que me assalta a desoras.
E entre frias noites de solidão,
Ouço no negrume da noite,
O palpitar descompassado do meu Coração,
Debatendo-se na ânsia de rever-te,
E de tocar-te pela última vez.