POESIA LOUCA

Não quero arte
E sim poesia louca.
De um sonho que se parte,
De um foguete que espoca
 
Não quero beleza
E sim espantar o medo
E me por em defesa,
Pra guardar o meu e o teu segredo
 
Se tudo for tão certo,
Ordenado demais,
A vida será um deserto
Habitado por chacais.
 
Que pensamos? Quero saber!
Se nada procuramos, nada fazemos,
É porque não há nada a querer,
Então porque pensamos?
 
Vai por aí pensamento vadio
Esquentar os miolos de outras cabeças,
Vai! Tem muito espaço vazio
Esperando que apareças
 
Não quero glória!
Não quero pedestal!
Não quero fazer parte da história,
Porque não sou original.

Não tenho fama e nem quero. O que faço é ser um louco manso que teimo em brincar com coisa séria e quem sabe, chateando pessoas que não merecem serem importunados com meu comportamento. Mas dizem que de músico, poeta e louco temos um pouco, então eu me justifico.

Sob calor de fritar bife no asfalto e com falta de inspiração.