Não sei se tu o sabes, passarinho,
Mas eu te sou platéia, te sou fã.
Por isso, teu cantar nunca é sozinho;
Por isso, a melodia nunca é vã.
Se cantas pra alegrar o meu caminho,
Ou cantas por cantar, sem ter noção,
De qualquer forma eu ouço com carinho
E levo em mim os ecos da canção:
-Eu quero, como um pássaro, cantar
Se alguém me ouvir, se alguém me ignorar;
Cantar pros reis cantando pros plebeus;
Cantar só pela força da canção;
Pra um, pra dois ou três, pra multidão;
Cantando pra ninguém, cantar pra Deus!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença