Nossa Ciranda

Sobre os lares paseiam nuvens, e ventos brandos,
E fortes depende da vontade do tempo.
Pássaros de asas quebradas caídos do ninho,
Também andorinhas fasem revoadas,
Porque o dia! É vagabundo...
Até mesmo em lugares repleto de barulhos!
Anda-te apressa-te escravo da sorte!
Os pássaros dormem calmos como a noite.
Os galhos das arvores em silêncio! Quem,
Mora abaixo dos telhados...
Labutas, reboliços, escândalos públicos,
Onde os homens perseguem o premio,
Avaro e fugidio.
O dia não tem destino...
Não necessita de água e pão, de coisa alguma,
Que lhe cubra...
O homem a trás de blocos de concretos,
Trafega sôfrego, por cada manha...
E as crianças que gritam, e pulam,
Mas! Que um dia encontrarão,
Outras cirandas...

Hynes Margarida de Oliveira
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