Tua boca em mim é pássaro que voa
É um olho pleno que ainda não fere
Não sabe o que é a louca solidão
Não percorre os melhores mundos

Tua canção jamais termina ardente
E se interrompida não se espanta
Apenas é acariciada pela mão que ama
Tão pequena, tão fria, tão cálida...

Que de saudade ainda nada sabe
Nem permanece na solidão eterna
Pois um dia nunca será tarde

Mas que ventos não voam asas
No toque ardente do mero silêncio
Os longos túneis do céu e corpo.

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André Agui
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