Esse silêncio...

 
 
É importante como o nada…
Revigorante como a alvorada,
Permite que seja inventada
Qualquer coisa sonhada.
 
 
O silêncio... não tem lugar fixo,
É ele quem espalha o infinito
Une-me a ti mesmo distante,
Junta as partes do crucifixo.
 
 
É fluxo, um liquido que embala,
Quando o ventre te ampara,
É a sua língua, a sua fala,
O silêncio que na barriga paira.
 
 
Falo do silêncio transmitido…
Pelo olhar, pelo toque recebido,
É a linguagem mais antiga,
A mais clara e mais ambígua.
 

É no nada, no silêncio que reside a nossa infinita potêncialidade.

Entre o conhecido

Bruno Dias
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