Casmurra fuga da solidão que atormenta,
Não sei como dela eu vou desvencilhar,
Vontade sobejada, carpida, e tormenta,
Não há mais vereda em que possa trilhar.

Vivo só, fraqueira-mor do meu dinamismo,
Querendo da vida, equânime participação,
Algozes que me lançaram ao ostracismo,
Seqüelas irreparáveis, algias no coração.

Esperança... quiçá o meu abstracionismo,
Mudança de vida, minha maior altercação,
Claudicante, por ser presa do ilusionismo.

Falsos amigos! Guardiães da ingratidão!
Deixaram-me no amargor do pessimismo,
Tragédia final de quem sofreu em profusão. 

O poeta tenta sair de uma obstinada solidão, não sabendo como arranjar uma forma para solucionar suas pretensões afetivas. Ironizou, lamentou-se dos falsos amigos, dos seus verdugos, de suas esperanças fracassadas. Para finalmente proclamar essa trajetória em "tragédia".

Em minha casa.