DESEJO A UMA AMADA

Sepulcro de minhas infindas plangências,
Noctívago, em busca da manhã idílica,
Infausto de tantas multifárias carências,
Paisagem altiva de uma beldade onírica.

Prófugo de uma solidão assaz monarca,
Por veredas inditosas e nóxias, eu trilho,
Esperança... meu ermo coração abarca,
Do amor sublime... ser o mais novo filho.

Infensa apatia que me faz tão renitente,
Súplicas de amor que envio com emoção,
Tenho desejo de contigo estar presente,

Para nestes versos entregar uma paixão,
E a pretensa amada, tão simplesmente,
Somar nossas almas em plena afeição. 

Nesta poesia o trovador faz de seus anseios a laje sepulcral de suas lamentações. Faz da noite um passageiro que na esperança de o amanhecer encontrar sua amada. Alega que é portador das mais variadas formas de carências afetivas e que a amada não passava de um sonho irrealizável.Dizia ser um desertor de uma solidão reinante. Trilhava por caminhos da infelicidade, com a esperança, apesar do relatado, ainda ser amado. A mulher mostrava-se indiferente ao seu pleito para um eventual amor. E, finalmente, dizer que nos seus versos entregava sua paixão, esperando dela: a adição de suas almas, sob a égide da afeição.

Em minha casa