Adoeço com a caricatura estirada
Uma caixa com valor infeliz,
Torna moldura do corpo
De que eu ainda amava.
Ornamentos banhados em lástimas
Salpicam a face pueril,
Ocultam madeixas que outrora servira
De esconderijo as minhas mãos.
Mas nos intervalos, entre o espaço
De loucuras e devaneios,
Estou velando um corpo sem vida
E comove ouvir o lancinante sino da capela.
Simone Alves Campos
© Todos os direitos reservados
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