Umas histórias nossas...

 

Não sei se já estava inscrito em tabuletas venezianas ou simplesmente nas colunas fortificadas da Muralha de Adriano.
 
Quem dera eu saber das suas artimanhas e segredos escondidos entre os escombros solitários de nossas ridículas vidas.
Será que desejava eu desbravar seu enredo de fantasias tão explícitas a todos, mas que eu mal conseguia sentir teus cheiros de Jasmin?
 
Tomou conta de meus ossos um frio tão intenso, que as vezes sentia estar louco ante a grandeza de seus pensares.
Pensava... e Pensava... Então: "Logo eu marcado por cicatrizes tão profundas de guerras ultrapassadas, não me deixaria ser socorrido pelo seu puro e sublime Segredo, que se esvaia entre os desejos de outros homens...".
 
Felizmente, estava eu equivocado com meus pensamentos atrofiados.
 
Ficava as vezes subindo por minhas paredes já aos cacarecos de meu surrado quarto sentimental, especulando se devia ou não avançar por teus rios fantásticos e ao mesmo tempo tão desconhecidos de sua incondicional e bela alma...
 
Um silêncio gritante tomou conta de meus raquíticos pensamentos: "Seria eu digno de contemplar seu perfume romântico que exalava aos quatro cantos da finitude universal, que atendia pelo teu nome? 
Seus segredos pareciam tão indecifráveis, sua pele cor rose temia em descontrolar-me durante nossos "des-encontros" inumanos naquela zona de batalha....
 
Lembro agora neste instante, como se fosse amanhã, seus olhos... Ah, teus olhos que resplandeciam a aurora de felicitudes onde tentava eu em vão chamar sua atenção, mas...
 
Meus olhos é que não conseguiam mais tocar minhas pálpebras já estarrecidas com tamanha beleza que se descortinara á minha frente.
 
Dormirei agora entre seus braços carinhosos e te direi em muitas partes... Te amo...
Assim como Drummond nos disse uma vez apenas: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.”.
 
 
Beijos carinhosos de seu amor da juventude. 
Autor desconhecido.
 
 
 

Everson Castro
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