Desânimo à vontade ou Poesia escrita em Lá menor

 
Sempre escrevi aos corações dos homens como se fosse um assassino ou um ladrão de sonhos demoníacos...
Como se no fundo tudo fosse léguas... léguas e léguas da mais sublime superficialidade daquele Virá.
Como aquele... Fim de tarde, onde a relva resplandecia estridente entre seus olhos à espera de uma ADIANTE(s)... Dantes ou Camões?
Como seu eu fosse tuas lágrimas flamejantes jorradas ao vento naquele litoral urbano, bastaria?
Somente estar ao seu lado para fazer brotar um sorriso carinhoso e apaixonante!?
Pretensão, somente minha pretensão...
 
Como pudesse... Ser eu, naquelas dantes noites claras e obscuras, recheadas de estrelas alegres com teus sorrisos graciosos... Seria uma odisséia... Uma busca... Uma procura ou somente um horizonte inalcançável...?
 
Cansado... Pela longa caminhada, estou. Sem esperança de tê-la novamente dentro de minhas pálpebras desatentas, nunca sempre.
Palavras... São somente palavras, diria o velho poeta trovador e seus gostos inanimados, suas pinturas túrgidas de um belo marrom desbotado...
 
Cores...Flor do medo dum beijo... Era uma vez o professor e sua aluna... histórias, estórias, historietas...
São tantas cores que perderam sentidos oniscientes.E solitárias estão agora.
Como se a... Mais pura de todas as rosas perdesse seus cheiros e perfumes, d'antes a dor da perda.
“Desabaria como o humilde poeta falou nalgum dia desses, aos píncaros de sua solidão.”
“Pretensão... Pretenderia, eu, pintar nossos corpos pincelados em um quadro abstrato?”Outro dia, talvez.
 
Outro dia, sempre nasce um novo eu.
Como sempre nasce uma velha estrela.
Sempre um re-começo.
Este vasto mundo de Pessoa dedico à você:
“Como num sopro de um sonho taciturno, nunca terminado”.
Te amo
 
Autor desconhecido

Everson Castro
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