Caatingas em agonia.

Caatingas em agonia.

Avermelham-se ás caatingas em agonia
O sol... Sequioso deixa as faces ressecadas,
Nos céus um loiro leque de púrpuras raiadas
Pré-anunciam um escaldante e sedento dia.
 
Faltam fontes para molhar a pradaria
A sede sufoca o homem e as bicharadas,
As aves de arribação fogem em revoadas,
Gorjeando uma melancólica e triste melodia.
 
Na aureola do horizonte há uma cruel calmaria,
Desnudo esta o céu sem as nuvens carregadas,
As vertigens fazem parte daquelas vidas derrocadas,
Só o sol marca presença nesta inóspita geografia.
 
Surgem trêmulos cordões pelas estradas
Num mundo onde a seca impõe sua tirania,
São os caboclos rezando sua fé em romaria,
Molhando a terra com suas lagrimas derramadas.

Esta é uma simples alusão feita em versos ás agruras vividas pelos sertanejos que vivem nos longínquos sertões brasileiros.
Fiz estes versos depois de ter lido alguns trechos do romance (Vidas secas) de (Graciliano Ramos). Obrigado pelo carinho da visita ao sair deixe um comentário ou uma simples critica.