Janela

 
Cambaleava no deserto… estava pouco desperto,
Não via nada e nada sentia, da vida tinha fobia,
Surgiu uma voz, então comecei a ouvir o que dizia,
Não a compreendia mas sentia que era concreto
O que referia, falava da existência de uma janela,
Por não acreditar foi-me difícil conseguir vê-la,
No entanto pus me a caminho para conquista-la 
Caminhava e continuava à mesma distância dela,
Caminhei, caminhei e com persistência cheguei,
Abri-a com receio de algo que nunca tinha sentido,
Foi a sensação, sem comparação às que tinha tido,
Uma totalidade e serenidade que jamais imaginei.
Apesar de me ver cinzento, ganhei um sentimento
Poderoso, uma certeza que iria mudar essa cor,
Um impulso para acabar com a importante dor,
Já não preciso mais dela a partir deste momento.
Comecei a dar mais de mim, mesmo a quem só tira,
Por todos um sentimento duma enorme admiração,
Pois deposito a confiança de um verdadeiro irmão,
Abracei a verdade e comecei a negar a mentira.
 

Não basta querer... temos mesmo que fazer!

Só mentido é que percebemos a verdade...

Uma lufada de ar fresco...
Bruno Dias
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