Cenas do cotidiano

O bebe que chora
A mãe que grita
O pai foi embora
Cena que ninguém explica

A mão que bate
É a mesma que nega carinho
Usando esses seres como válvula de escape
Da crueldade e do total desalinho

Crianças paradas no farol
Pedem um trocado
O que será pior
Aqui dentro ou do outro lado

Em cada esquina
Um novo crime
O menino e a menina
Na mesma vitrine

Não se sabe oque é escola
Um brinquedo um sorriso
O cheiro é de cola
Correr é preciso

Quem cuida ,tem medo
Quem tem coragem ,se engana
Nunca foi segredo
Aqui ninguém se ama

Corpos sem alma
Vida sem esperança
O muito que falta
Ficou na lembrança

Casais reproduzindo problemas
Filhos sem pais
Refazem a mesma cena
Sem amor e sem paz


 

Slipswell R. Cecilio
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