Frestas

agora a tua ausência tomou
é a noite que me inflama essa dor
o agudo do vento nas janelas
acinzentam meus olhos pelas frestas
 
por me dar que errei inteiramente
nem dormindo me saem da mente
as vontades de amar que me vinham
apagaram tal qual o meu brilho
 
teu olhar em mim virou nódoa
extrair-te é impossível por hora
nesse frio que a madrugada apresenta
afugenta o calor e condena
 
acordar e não ver-te ao lado
deprimem o meu semblante pálido
encontrar forças para sorrir e viver
está cada vez mais distante do fato

 

São Paulo, 29 de maio de2009.

Carlos Eduardo Fajardo
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