Perdoa-me! Te peço desculpas pelo desvario,

De ver partir o teu nome da minha memória!

E se eu contar hão de dizer que é história

É estado doentio de minh'alma!

Contigo fiz uma longa viagem ,

Em teus braços devaneei,

Teu coração, com força amei,

Porém, após a mágoa que me causastes,

Se me perguntarem quem  tú és, esquecerei!

Por tudo que te dei, por tudo que senti,

Não merecia o que a mim fizestes

Para provocar este  fim!

E hoje, não mais há esperança única,

Que me reste nesta imensa solidão;

Então lanço no passado uma túnica

Para esquecer tamanha ingratidão!

Não te recrimino, deve ser assim,

A um infeliz não se desculpa nada,

Então nada explicou este fim!

Agora o vento leva a minha mente,

Que ao tentar pensar em tí dói,

Mas não alucina, só fica dormente;

Como posso me lembrar de quem "nunca" vi?

Foram-se as mágoas e a desesperança!

Depois de tudo vivido, contido,

Saíste da minha lembrança!

Agora no recomeço de tudo,

Sinto-me como uma criança,

Que ao olhar o futuro não duvida,

De cada novidade surgida

No recomeço desta minha vida!

Daqui por diante em meu caminho

Tudo será novidade!

Longe de ti, de quem não lembro,

Estou sedendo de felicidade!

Por isso não consigo mais teu nome recordar,

E, com toda a sinceridade,

Não mais consigo te amar!

E para que em mim não pairem dúvidas,

Por mais que eu "tente" me lembrar,

Teu nome foge da minha memória,

Me esforço muito, mas não "consigo" recordar.

marcos cesar santos de vasconcelos
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