AMARGURA



 
Hoje passa faceira na calçada
A mulher que já foi tempos de outrora
Minha doce paixão, minha senhora,
Meu amor, minha amante e namorada.
Em que pensa ao passar? Talvez em nada...
Nada há que ela possa reviver?
Esquecer o que fomos, pode ser,
Posso até aceitar que disto esqueça,
Mas me dói vê-la baixar a cabeça...
Neste gesto, fingindo não me ver.

Campina Grande, 14 de abril de 2009.

 

Alfrânio de Brito
© Todos os direitos reservados