Que o meu coração ame,

Mas que o meu coração ame em silêncio

Porque assim são todas as árvores do bosque,

Todas as flores do campo

E as lápides que eternamente discursam aos homens...

Que o meu coração se abra,

Mas que o meu coração se abra

Ao toque suave da brisa que acaricia os campos da tarde,

Ao beijo doce da fé no amanhã de cores novas do sorriso das crianças.

Que o meu coração seja bom,

Mas que o meu coração seja bom também para dizer não

Porque dizer sempre sim é perigoso

E muitas vezes machuca mais do que dizer não.

Entre o berço e a cova

Haverá para sempre a possibilidade

De amar novamente,

De fazer o bem e de sorrir outra vez.

Trabalhar, construir, conquistar.

Estes verbos nos acompanharão para o resto de nossa vidas,

Mas que o homem nunca esqueça

Que em meio à agitação da vida e a luta pela sobrevivência,

Deus falará no silêncio.

Por isso criou as árvores do bosque,

As flores do campo

E o sorriso das crianças.

 

Sergio Leandro
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