Que o meu coração ame,
Mas que o meu coração ame em silêncio
Porque assim são todas as árvores do bosque,
Todas as flores do campo
E as lápides que eternamente discursam aos homens...
Que o meu coração se abra,
Mas que o meu coração se abra
Ao toque suave da brisa que acaricia os campos da tarde,
Ao beijo doce da fé no amanhã de cores novas do sorriso das crianças.
Que o meu coração seja bom,
Mas que o meu coração seja bom também para dizer não
Porque dizer sempre sim é perigoso
E muitas vezes machuca mais do que dizer não.
Entre o berço e a cova
Haverá para sempre a possibilidade
De amar novamente,
De fazer o bem e de sorrir outra vez.
Trabalhar, construir, conquistar.
Estes verbos nos acompanharão para o resto de nossa vidas,
Mas que o homem nunca esqueça
Que em meio à agitação da vida e a luta pela sobrevivência,
Deus falará no silêncio.
Por isso criou as árvores do bosque,
As flores do campo
E o sorriso das crianças.
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