Estranho é pensar no agora,
Que enquanto escrevo meus versos,
Lá fora há um mundo de homens perversos
 
Cachoeira de rótulos
De poses, nomes e túmulos,
Pobres, ricos, negros e brancos.
Empreendedores, e desesperançados
 
E enquanto escrevo meus versos
Lá fora há um mundo de nomes perversos
 
A nossa esperança virando utopia.
As falsas promessas bloqueando vias
Malditos eleitos na deturpada democracia
Caçados julgados e ainda       supremacia.
 
E enquanto escrevo meus versos,
Lá fora há um mundo de ladrões perversos.    
 
Crianças com fome olham,
Seus pais sem trabalho esperam,
Seus jovens sem forças lutam,
 
E enquanto escrevo meus versos,
Lá fora há um mundo injusto e perverso.
 
Ainda meu mundo. injusto e perverso.

Cledilson Carlos
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