Numa manhã cinzenta
Paro diante de meu rubro coração
Espatifado em mil pedaços
À espera de compreensão
 
Contemplo as folhas
De um outono sem graça.
Que caem sem nenhum motivo
Sem nenhum aviso.
 
Sinto frio...
Meus prantos rolam pelo meu rosto
Quantos calafrios!
Quanto desgosto!
 
Minha alma prefere encolher
Diante de tantos sofrimentos.
Estou com saudades dos tempos
Onde se escolhe viver ou morrer.
 
Agora estou morto!
Mas ainda posso ver meu rosto
No meio de escombros da melancolia...
Pensando bem... sorte a minha!

Geanderson Chagas
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