Eu peguei um caranguejo,
lá no mangue atrás de casa;
para matar a minha fome,
que já tava era danada...

Mas com pena do bichinho,
eu dexei ele fugir!
e agora cê mi diz:
como é que eu fico aqui?

Pois viver assim não é fácil,
daqui tiro meu sustento,
sou do mangue, não disfarço;
pesco, cozinho e vendo...

Faço música, tiro onda
e canto pra muita gente,
mostrando que em Olinda
a cultura é diferente...

OLINDA

Isabel Cristina Torreiro Quintas
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