Presságios

 

 
Sinto o perfume da rosa que o vento me traz.
Tal vento remete meu olhar em sua direção.
No mais incrível Cruzeiro ao sul eu vou.
Seguindo seu rastro inebriado estou.
 
A Esfinge que nos devora, não finge o desejo.
Tomados de ânsia o amor aflorou.
Reluzente e forte quanto a Fênix.
Tempestades de areia vagam como brisas ardentes.
 
Incólume por teu olhar.
O azul do Pacífico é coadjuvante.
Nesta peça que o amor nos prega.
O sabor da paixão apimenta o frisson.
 
Vivendo entre realidade e presságios.
Sua ausência me causa pavor.
Tentando reproduzir seus passos.
Ao abismo do amor sou levado.
 
Parti para a descoberta de mim.
Guiado por ti o que poderei oferecer-te?
Senão o calor de meu peito.
A eternidade do meu sentimento.

São Paulo, 23 de abril de 2009.

Carlos Eduardo Fajardo
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