Ao poeta França (in memorian)

 

                                               "...ó morte servidora da vida,

                                                   porteira com a chave da mansão

                                                   celestial, sê meu Deus..."

 

Vai poeta, vai.

A canção não tarda,

A vida não se demora

E o grande abraço une o homem às estrelas.

 

Vai poeta, vai.

Para ser sempre

É preciso ir embora

Porque não nos faz grandes a matéria que treme ao frio,

Mas o pó que se une ao vento.

 

Vai poeta, vai.

Cumpre a profecia:

O grande abraço nos une à terra,

Somos todos deuses de cinzas

Lançados ao vento.

 

Vai poeta, vai.

Sergio Leandro
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