Eu, ela e a lua.

 
Debruço-me sobre a moldura da janela
Finco meu olhar alem do horizonte,
À tarde morena fica ainda mais bela.
 
Sorvo a melodia graciosa da fonte
Onde as aves se banham e bebem dela,
Depois cantam e voam alegremente.
 
A tarde deixa-se ser possuída pela noite
E o meu coração bate mais forte por ela,
É pura saudade que me feri como açoite.
 
A lua me espia por de traz do monte
Como se fosse um cupido de sentinela,
Até parecendo sorrir de contente.
 
Ouço uma canção numa voz de donzela
Meu coração emocionado me deixa fremente,
É o meu amor cantando sob a minha janela.
 
A lua enfeita de luz a nossa passarela
Num ato de magia nos olha solenemente,
E eu, apaixonado, caio nos braços dela.

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