Nessa nova fase, meio recuperado e um tanto magoado
Venho tentar falar de amor de uma maneira sóbria.
Não há como fazer lirismo verdadeiro de jeito sóbrio
Portanto, o que eu vos falar de amor dessa maneira, será um profundíssimo desencanto.(Felizmente, eu não sei falar de amor de forma sóbria, então podem ler!)
Amor é a saudade infinita, é o Desejo nunca consumado de voltar à vida intra-uterina!
Amor é a dor infinita, que se curada não é amor, que se ferida, desatina em pétalas infinitas de tristeza, Mas uma tristeza verdadeira e bonita inerente Aos desvarios do destino.
É uma procura nunca achada, é uma saída encontrada para aliviar as dores do coração.
Que bom seria amar em paz, Mas fazer isso ninguém é capaz, Senão, não é amor, não!
Falo do amor paixão, do ato descontrolado, Do impulso Indesejado, das cóleras de tensão. Falo da chama clausurada que espera a mulher amada para se entregar de corpo e alma às loucuras da ilusão.
Falo do amor entre dois pagãos que já se perderam entre tantas mãos o Juízo E que por dependerem do destino, viram seus rumos de vida destruídos.
O amor é isso e deve ser vivido da forma mais intensa possível, Verdadeira e Seriamente, Fantasiando a vida por inteiro e se preparando Para uma eventual solidão.
Há sempre uma moça a te esperar Com os braços cheios de ternura E com uma alma desvairada e cínica Esperando o momento de se entregar
. Não usei palavras bonitas, e tampouco rimas ricas Para expressar a lírica. A métrica não está bonita e talvez Um Soneto pagasse o preço de ver essa minha poesia.
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