Não vês que eu vivo confundido
entre o Céu e a terra?
E que aspiro infinitamente a vida
Não vês que trago a alma
sonorizada de um doce encanto?
e que espalho alegria com meu doce canto!
Não vês que esquecido da minha fraqueza
adejo bosques, rios, florestas e mares?
Não Vês que coroado de infinitos
Confundo-me com o que é belo?
Não sabes? Que o meu lar é a Abóbada Celeste!
Não sabes? que nas árvores eu faço o meu ninho.
Não vês que aprisionado
eu vivo em desalento?
por não ter as carícias do voar ao vento.
Nunca observaste os pássaros em folia?
Não vês que liberdade não é regalia?
Não vês que carrego o pólem das flores?
E que faço parte da natureza
Ah! Como tu és cego.
Eu inebrio a alma dos homens
de poesia e beleza
Não vês que sou um pássaro
E que tenho asas para voar?
Então, por que insistes
Em me engaiolar!
Fico muito triste quando vejo um pássaro engaiolado. Deus deu-lhes asas para voar e é uma violencia aprisionar quem tem asas,
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