Noite.
Abstém-se de manifestar seus pensamentos.
Madrugada.
Sentimento íntimo lhe ruboriza a face.
Ouve-se um clamor mudo da alma.
Um movimento interior quebra o silêncio noturno.
A lua cheia estaciona diante dos seus olhos.
A claridade denuncia os anseios do seu coração.
Os reflexos do luar se transformam em sombras na parede:
são os contornos de um alguém que reina em seus sonhos.
O vento murmura seu nome.
Ama e não ousa revelar a ninguém!
O galo canta.
Despontam as primeiras horas do dia...
Fecha a janela e a cortina do seu querer.
Segredo.
 
Obs.: Esta poesia faz parte do livro:
"Eu Poético"   - Editora CBJE - RJ - Setembro/ 2007 - Poesia e Prosa.