Dói-me o peito em carne viva.
O que poderia ser mais doido
do que alguém querido te ferir,
com palavras que entram pelo ouvido,
penetram no cérebro, na alma,
vão consumindo ossos, músculos, nervos,
carne e pele, como um câncer exógeno,
um ácido que corrói a alegria e simpatia.
Imagino um pássaro que pousou em sua janela,
cantou puro e foi alvejado e morto
Uma borboleta que pousou em sua mão,
bela e confiante, e por elas foi esmagada.
Por onde andava teu coração nesta hora?
Imaginou-se seguro para machucar,
atingir a auto-estima e a felicidade?
Por que achou que seria bálsamo pra as feridas
existentes em seu vituperado interior?
Conhece a mágoa mas não a sensibilidade.
E depois tenta convencer que nada fizeste...
Se não posso curar-te com meu carinho
Deixe o pássaro ir.
Deixe a borboleta voar.
Deixe Deus entrar.
Pra você sair dessa carapaça desumana..
I love you.
Obrigada por me ler!
Beijos!São Paulo, capital
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