A técnica do amor.

Um dia sentei na cadeira,
pra rever os momentos da minha alma.
É! Quanto tempo passa depois das brincadeiras.
Eu até penso que o tempo, perde a calma.

A vida só tem paciência para a infância,
Uma só vez na vida, se vive intensamente.
Mas quem dá importância?
A gente?

Tempos velhos sempre parecem frescos,
e o presente nos corrói,
Recordáva-me da época de pique-nique, os cestos...
Tantas frutas boas, e frescas. Como dói.

Como dói acreditar que um dia,
a inoscência existiu,
E ainda ouvir o mundo afora, aquela sinfonia
que me dá medo, mas ninguém mais ouviu.

Ouvir a sinfonia, pode ser uma certeza
que um pouco de inoscência resta em mim,
e que o futuro, me avisa com clareza.
De que o passado é único, mas teve seu fim.

Povo, pessoas e indivíduos,
razão para amar a ponto de odiar
são como canos entupidos,
Se amor fosse completo, eu não iria filosofar.

O que sei?
Sei que amo muito.
O que não convém,
é que o amor seja mútuo.

Tenho certeza de que as pessoas,
estas não mais ouvem a sinfonia,
aquela que costuma avisar a ruína das coisas,
pois o amor, se confunde em agonia.

Foi bom enquanto os brotos eram frescos,
A amizade, que tive neste mundo durou,
as intenções eram nobres, até que as frutas saíram dos cestos.
Então enjoaram-se de amar, e a amizade zedou.

Amor não existe.
O que existe é paixão.
A realidade no mundo é triste.
De vez em quando..., faz bem não ser cristão.

A fé, faz bem.
Mas, quem crê demais, se perde na ilusão
de que já somos concebidos, com o amor do além.
E a gravidade, só nos leva pro chão.

Pois é!
Se é impossível nos mantér no céu,
E do chão não atravessa o pé.
O inferno se torna, um inacessível réu.

O que sei?
Sei que nada soube,
que o amor não me coube,
e que ainda viverei.

Quem ama...
não substitui o amor com dinheiro,
Quem ama...
uma árvore de natal não é um pinheiro.

Quem um dia soube o que é sensação,
seja de perda, de carência ou felicidade,
sabe que amor, é provavel elevação
de uma coleção de sentimentos, o que é raridade.

Mas amor, não é coleção.
Nem a primeira vista fosse...
Amor, é esquecer a dor do pulmão
afetado pela "inesquecível" dor do coice.

Essa dor do coice, foi minha amiga.
Chamei pra passear, comer pipoca.
E, comentar as intrigas,
Hoje, é traição, e por dentro é oca.

Mas isso, é ao meu ponto de ver.
Afinal, opinião sempre será exclusiva.
Mas quem disse, que alguém em mim vai crer.
Quando a confiança está inativa.

Eu aqui, na cadeira.
Não consigo me mover.
Esta cadeira de madeira,
um dia me derrubará, e ainda sim vou ver...

Vivenciar e entender...
o que entendi, e estou entendendo.
O mundo só mudará seu conceito,
o dia em que todos beberem do mesmo leito,

Um dia sem propagandas e ofertas
um dia sem promessas e mais realidades,
sem falsos amigos e falsos profetas.
A vida depende de nossa capacidade.

Vamos construir o amor,
fazer da vida, uma reforma.
Eis de pintarmos o muro enorme da dor.
Assim, tudo será arte, e fará parte da mesma norma.