A mão que afaga

é a mesma  mão incerta

que torna deserta

a mesa do povo todo dia. 

 

A mão que acalenta

é a mesma mão que isenta

tributos para quem não sente frio.  

 

A mão que trabalha,

é a mesma que puxa o gatilho,

que num lance de desatino,

mata o seu semelhante. 

 

A mão que encerra,

é a mesma que enterra,

aqueles a quem antes afagou. 

 

 

A mão este instrumento bendito,

sempre será um símbolo,

de união e desatino,

desta comunidade

chamada humanidade.

 

 

Que de humanidade nada tem,

pois o seu irmão nunca tem ,

o que necessita para viver. 

 

 

Por isso a mesma mão que:

afaga,

trabalha,

mata,

deixa incerta

a vida de milhares

é apenas uma mão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este poema foi criado pensando na luta cotidiana dos trabalhadores em geral tão injustiçados pelos os políticos que não desejam nada além de comodidades para si mesmos.

no carro

ETIENE
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