Meu coração em destroços surgiu das cinzas.
A muralha que a solidão fez em meu peito.
Caiu como em Berlim.
Tudo por ti, indiscutivelmente por ti.
 
Descobri que viver é mais, que sua presença é um cais.
É meu abrigo, a minha paz.
 
O gelo se foi, assim como as mágoas.
A lágrima estreita que escorria no rosto.
Secou enfim.
Tudo por ti, indiscutivelmente por ti.
 
Não há teatro, nem Romeu, nem Julieta.
Em nossa história a verdade impera.
O amor indelével que de nós transborda.
Devora a tristeza quando uma alma chora.

São Paulo, 01 de fevereiro de 2009

Carlos Eduardo Fajardo
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