Monólogo do Tempo


O tempo soberano do mundo

 
De todas as coisas inclusive imperceptíveis.

 
 

 
Por vezes na vida abominável

 
Noutras salvador.

 
 

 
Contemporâneo dos viventes

 
Dos que detêm consciente a sua existência.

 
 

 
Dos que miram os olhos ante o relógio

 
Para buscar um sentido real na vida

 
E se vêem pressionados,

 
Buscando mais um segundo

 
Para poder realizar o almejado

 
O que desejado ao longo da vida.

 
 

 
Ah somos todos servos do tempo,

 
Na vida como falam os mais velhos

 
Há uma idade para tudo

 
Há uma idade para crescer, casar e até trabalhar.

 
 

 
Porém não sei se há idade para sonhar

 
O que parece ser mais difícil de definir

 
Quando os sonhos são irrealizáveis.

 
 

 
É quem entende o tempo

 
Nem os mais letrados, mais velhos ou mais sábios

 
Conseguem defini-lo,

 
Só têm a consciência que tudo passa, tudo vem,

 
Apenas o tempo permanece infinito, imponente.

 
 

 
Os homens nascem, perecem

 
E toda natureza obedece a este ciclo.

 
Hoje estamos aqui presentes, matéria,

 
Amanhã entenderemos o que é o tempo, espíritos.

 
 

Rodrigo Cézar Limeira
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