A Morte do Poeta

O poeta desde menino,
Embora mesmo tão pequenino,
Já sabia cantar  em versos
Da vida todos os seus reversos.
 
Cantava baixinho,
Silencioso no seu cantinho,
Toda sua vida e seu carinho,
Seus sonhos e fantasias
Através do brado das suas poesias.
 
Andou por muitos lugares,
Navegou por muitos mares,
Sonhou todo sonho que podia
Pois eles eram sua melodia.
 
À medida que o tempo passava
E quanto mais ele sonhava,
Nem sequer notou
Que tudo à sua volta mudou.
 
Um dia resolveu acordar
E ao despertar já era tarde demais,
Pois tudo sumira como seu sonhar
Menos a sua poesia e sua paz,
Pois outro dia que amanheceu
E o poeta que cantava e que sorria
Para sempre adormeceu,
Deixando com o tempo sua poesia.
 
Hoje é a saudade que canta por ele.
Por ele que foi sua carne e sua pele;
A pele fulgurante da saudade
Para sempre radiante na Eternidade
 
( Poema dedicado a todos os poetas e poetisas que partiram antes e depois deles)

 

Patricio Franco
© Todos os direitos reservados