Num cômodo vazio
Não se ouvia nada...
Nem mesmo um pio,
Nem mesmo a respiração forçada,
Havia apenas meu coração a mil.
 
No pequeno cômodo vazio,
Nossa distância se fazia gigante,
Teus olhos nos meus...Um calafrio,
E me assombrava a monotonia inquietante.
 
E naquele cômodo de silêncio embriagante,
Restávamos apenas nós dois...
Centímetros nunca foram tão distantes...
E tudo se misturou...Antes agora e depois.
Minha vontade era de quebrar o momento agonizante
Com nosso beijo...E esquecer o que não foi...

Luan Mordegane Pupo
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