Olhar o céu azul pela manhã...
Pensar no amor que contagia
E sentir a brisa leve embaralhando os cabelos
Num dia de sol
Num dia quente
Num dia que foi feito para a gente se amar.
 
É assim que eu me lembro de você.
 
Lembro-me dos beijos, dos abraços e do desejo
Lembro-me que depois do amor conversavamos tanto
Eram tantas as brincadeiras
E de repente nascia de novo o desejo do meio dos nossos beijos.
 
O amor maior
O amor melhor
O nosso amor era assim.
 
O amor que aprendeu a ser livre
Não tínhamos nenhum preconceito
Costumávamos falar de como as pequeninas coisas se transformam
Costumávamos construir castelos em nossa imaginação
Queríamos um mundo melhor.
 
Hoje, olho-me no espelho e, pergunto-me, como foi que ficamos assim?
 
O melhor amor tinha que ter deixado algo muito maior
Algo maior que lembranças
Tinha que ter sido construído em alicerces de pedra.
 
Mas, o vento levou todo e qualquer vestígio do que fomos.
 
Caminhamos lado a lado na mesma casa
E dormimos em camas separadas.
 
E a mão que repousava sobre meu peito e sob a minha enquanto dormíamos
Tirou a aliança do dedo.
 
Já não falamos mais de amor
Já não brincamos
Não sei mais como são os seus beijos.
 
O amor melhor deixou apenas as melhores lembranças
E nada mais, nada mais.
 
 
 
 
 

Sandra Barcelos
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