A Nau da minha vida Sou eu
E nesse imenso oceano de almas
Ponho-me a trafegar
E como poeira cósmica
Encubro e redescubro coisas
Que eles ainda irão inventar
E para as vidas que me cercam
Seu espelho a iluminar
Sou pai, filho, amigo
Irmão a aboiar
E tão fiel quanto Judas
Na sua revolução
Torno-me propagador de idéias
Na obscura imensidão
Volto como um barco
Na minha própria Nau
Como vento, sopro as velas
Para elas não conduzo o timão
E na antecâmara do meu ser
Sorri a cada equinócio
Com um olhar acaboclado
De quem faz aceiro no mar
As caravelas que flutuam
São vidas e isso eu sei
Guiadas pelo luar das noites
As mesmas que conquistarei.
Genival Silva
© Todos os direitos reservados
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