Ó morte , pensas ser vitoriosa ?
Em ti não há cor ou vigor
Apenas uma capa misteriosa
Tu rondas a Terra
Buscando a quem possas tragar
Em si mesma encerra
Um modo sorrateiro de perscrutar
Surpreendes a alguns viventes
Todavia, não és sobressalto e nem grilhão
Para muitos transeuntes
Que lhe abraçam de modo contundente
E lhe permitem deitar sobre o corpo já reluzente
Ò morte,
Falar de ti pode ser peso insuportável
Comoção
És ferida aberta que desafia a razão
És realidade pungente... Terás explicação ?
Ó morte,
Quão valente julgas ser ?
Tu és gigante sem pernas
De forma sobranceira te alongas
Sem querer entender
Que és apenas passagem lacônica
Para um desmedido transcender
* Úrsula A. Vairo Maia *
* Favor manter a autoria do poema. Direitos autorais registrados.
Queridos amigos e visitantes do site,
Este poema, embora enfoque a morte como elemento central, fala de vida, de esperança, de um porvir que suplanta a nossa passagem por esta Terra. Escrevi este poema no início do ano, mas resolvi postá-lo agora em homenagem ás nossas queridas poetisas Glória Salles, cujo pai está gravemente enfermo ( que eu espero que se recupere) e Soraia ( "ciganita"), cujo pai faleceu recentemente. Desejo que elas encontrem nos braços do Criador, conforto e esperança em suas dores. Também dedico este poema a todos que já viveram a experiência da morte de alguém querido. Envio um grande abraço a todos, desejando vida em abundância.Em meu cantinho
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