De Campo de Rosas Vermelhas

 

 
Lembra, de nossos sorrisos, de nossas trocas,
um, para o outro, lembra?
Lembra, de tua felicidade sempiterna,
de todas as tardezinhas, ali, no final,
em que o sol, encabulado, se avizinhava com a lua?
Inesquecível, meu amor, teu choro soçobrado,
alquebrado, na cama.
Inesquecível, meu amor, teu silêncio,
tuas esperanças, teus anseios.
Sempre fostes mais do que és, sempre.
Alguém, algo, que nem mesmo sei.
Inalcançável, por teu amor e liberdade.
Nasceste mais que estrela, muito mais que uma estrela cadente,
no céu estrelado de um inverno “spleen”, francês e baudelierano.
Tédio é o mesmo que tristeza?
Nos resguardos destas tardes trigueiras, altaneiras,
em que o estandarte, a bandeira, ilumina corações infantis,
algo de mim, registra teu sorriso, sempre o teu sorriso.
Inesquecível sorriso, de amor, tudo,
da vida sempre aqui, dos vales sem fim,
das primaveras azuis, verdes, de todas as cores,
em que o mar, condencente, deixa a terra sobreviver, mais um pouco.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Existem condições que não podem ser substítuídas, nunca, jamais. Para Soninha de meu coração.

Bagé/RS

Claudio Antunes Boucinha
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