Eu não queria saber
Da podridão do mundo
Do corte profundo
Do que é imundo
Do defeito de Zé ou Reimundo ...
Eu não queria saber
Do coração, a maldade
Do egoísmo, da falsidade
Do que não é verdade
Do que impede a felicidade...
Eu não queria saber
Do que é impuro
Do que se mostra obscuro
Do que não é seguro
Do que compromete o futuro...
Eu não queria saber
Do tal jogo de interesse
Seja daquele ou desse
Do que apodrecesse
De gente, que por amor, sofresse...
Eu não queria saber
Do medo, da covardia
Da dor, da agonia
Da falta de harmonia
Do que faz sofrer dia-a-dia...
Eu não queria saber
Das coisas que errei
Do que aprendi e não ensinei
De tanta coisa que sei
Do que não perdoei...
Eu não queria saber...
Mas sei!
Quantas coisas não gostaríamos de saber!... Quanta coisa seria melhor não saber!...Volta Redonda, ?/?/2006
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