Ruído das águas

Não sei de mim nem uma gota

Sou oceano de águas abissais

Superfície pouca

O que tremula em minhas águas visíveis

É reflexo mal projetado do que sou

Há segredos ancorados em meu interior

Sombreando o que entendo ser

O que realmente sou

 

Entre uma onda e outra

Caminho no ritmo dos meus pensamentos

Busco no mar um alento

Meus pés conhecem a lápide das pedras rochosas

Deixam na areia úmida, uma marca porosa

Há uma âncora que me prende com gancho afiado

Todavia, meu caminhar sabe ser leve e solto

A brisa da reflexão passeia a meu lado

 

 

                                               *  Úrsula A. Vairo Maia *

* Esta poesia tem registro legal no nome da autora. respeite os direitos autorais.

 

 

 

 

Obrigada pela sua visita especial em meu cantinho. Um abraço amigo.