Comemorações, festas, guloseimas, brinquedos, passeios, etc., para os filhos de uma classe privilegiada. Para outras, um tênis, uma camiseta e talvez um brinquedo comprado em suaves prestações
(que pesam no bolso e doem na alma). E para crianças da classe de” letra inexistente”, uma fila interminável de uma instituição qualquer, na busca de uma boneca ou bola das chamadas Lojas de 1,99.


E nossas crianças de rua que convivem diuturnamente com a violência, dependência de cola e outras drogas, o abandono e, sobretudo com a indiferença dos nossos políticos, o que comemoram?
As lojas estão cheias de presentes caros, celulares de todas as marcas e modelos, games de ultima geração, tudo para o fascínio das nossas crianças e adolescentes. E no meio de tudo
isso, nós, de braços cruzados, diante da triste e vergonhosa realidade social que encontramos nos grandes centros.


Será que neste dia pensamos nas crianças sem amor? Nos seus sonhos? E por que não cobramos atitudes dos nossos governantes?Será que eles desconhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente?
Nossas crianças precisam de dignidade: atenção, escola, alimentação, saúde, lazer e amor. Somente com a obtenção desses direitos fundamentais, podemos realmente comemorar o Dia da Criança. Antes disso só podemos dizer: Que Deus as livre de todo o mal.

 


 

Val Bomfim
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