Death Comes (Soneto)

Death Comes  (Soneto)

Na morte propriamente não há o pudor,

Quando ela chega, não trava, ela avassala,

Teu império em ruínas, na tua sala,

Na cama, no carro, teu rosto já sem cor.

 

Na morte propriamente, veja, não há dor,

Teu corpo paralisa, imóvel, te empala,

Lágrimas cairão em teu corpo na vala,

Na terra, então se cala, o teu tumor.

 

Come Death! Da sombra, venha, se esgueira, do vão,

Onde escorrem as almas da tua alva mão.

Death comes em Bandeira, Bocage, o professor.

 

Come Death! De árias funerais com seus prantos,

Reverbera teus plácidos negros encantos.

Death comes e enche o meu coração de horror.

Outra poesia gótica! Em especial, adorei fazer esse soneto. Pra vc que me lê, minha gratidão e te desejo muita VIDA...Beijos!

São Paulo, capital.

Elisa Gasparini
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