Já dei tantas voltas com o mundo,
Que não dá para contar.
Tentar fazer conta das voltas; absurdo!
São oitenta anos a rodar.
 
Vai o mundo navegando no infinito,
Levando-nos como passageiros.
Por temor que ele caia, não vejo ninguém aflito,
Só que ninguém se entende, somos estrangeiros.
 
Ó belo mundo! Temos como explicação
Atribuir a ti todos nossos tropeços.
Estamos te levando à destruição
E isto não é de hoje, já vem desde o começo!
 
Nada pode fazer o que te ama
Porque somos muito poucos;
A maioria quer te ver em chamas,
Uma maioria composta de loucos.
 
Começas a dar sinais de intolerância
E já mostraste através dos tempos do que és capaz
Esta maioria que vive na ignorância
Cegos pela cobiça e ambição, não sabe o que faz.
 
São capazes de perecer sem saber porquê!
E não ver em torno de si mesmo o que acontece.
Mortais insanos o que procurai vós, o que?
Na vedes que se apagar a chama  o mundo escurece!

Quando neste mundo cheguei já o encontrei conturbado. Quando comecei a conhece-lo era tudo extranho, mas bonito e agora o vejo feio e sem graça.
A convivência se tornou artificial, as relações de sentimentos, frias, vazias.
Assim como o bem, o mal também se deteriorou. O bem ficou menos bem e o mal piorou. Dos nossos males , encontramos sempre uma explicação para justifica-los, nós nunca temos culpas, pomo-las na vida e no mundo.
Criança diz: Bem feito você se machucou!
Eu digo; bem feito a culpa é toda nossa!

Já começando sentir as consequências