Eu precisei ouvir a Deus,
Então veio a tempestade:
O vento urrava, o mar rugia,
Mas na fúria da calamidade
Eu nada ouvia.

Eu precisei ouvir a Deus,
E um terremoto aconteceu:
O som terrível, grave, intenso,
Que a toda a Terra embeveceu,
Me foi silêncio.

Eu precisei ouvir a Deus,
E houve o fogo consumidor:
Mas os ruídos deste incêndio,
O idioma desse calor,
Eu não entendo.

Foi no sussurro da calmaria,
Que o coração se comoveu.
Só quando o silêncio prevaleceu,
No vento suave que me atingia
Que ouvi a Deus.